sexta-feira, 30 de maio de 2014

Constantine

Desgraça-me o peito
Ó, miserables,
Que me tragam nessa fumaça cinzenta
Que transportam as fagulhas por aí
Levando a alma da lenha que queimou
Contrariando sua vontade
Que quis morrer e parada
E hoje vaga em movimento constante
Numa velocidade tão breve quanto o vento
Tão intensa quanto o tufão
E ainda assim não são felizes.
Que mal há na plenitude?
O que nos faz tão incompleto
E porque plenitude não é bem ninguém?
Essas interrogações são tão confusas quanto seu nome
Eu não sei o que passa em minha mente
E não sei se alguém sabe.
Podia ser só mais um.
Mas na minha cabeça martela mais de uma vida
Mais de uma alma
E meus pulmões não conseguem entrar na dança
Pedem pra parar.
Param pra pedir.
Ainda vale a pena ser amor?

[A.Lima]