sábado, 1 de março de 2014

Os olhos da cara.



Todas as vezes que não falei nada
Foi só pra ouvir um pouco mais da tua voz.
E, assim, o desinteresse caiu por terra.
Mas você só sabe disso agora.
E talvez nem saiba nem nunca saberá.

Então continuo sendo um qualquer.
Até aceito.
Por qualquer que seja o motivo.
Ainda me calo pra te ouvir.
Ou fecho os olhos pra te observar melhor.

Mas disso você não sabe.
E nunca saberá.

Não contarei.
Porque te admirar me custa os olhos da cara.
E todo o fôlego que eu consigo ter.
O problema é que eu gosto.