segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Valsa-me





Como paisagem que se desloca
"Não são as árvores que correm, menino"
Contrariando a própria natureza
Na ponteira de um forte, enfraquece toda e qualquer estrutura
Metálica, bimetálica, arquitetônica..
Tudo vira arquétipo quando essa brisa risonha toca
Bate
Sem machucar
Por fora.

Amacia a carne
Afaga o ego
Cafuné seria moeda de troca, como se fosse preciso.

O céu que vai no alto, dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da menina quis dizer.
Que num primeiro momento, num encontrão, num esbarrão
Ou num olhar que me arrastou
Me encontro afogado
Nesse mar de fel.

Já diziam aqueles "Amargo é querer-te para mim"
Sorvete de goiaba também é doce.

Acalenta.

Tua presença é "hors concours".
Só me resta agradecer.

(A.Lima)