sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Não sei

Minha pele tá endurecendo
Não sei o que acontece
Tampouco como
Vou escoando pelos meus dedos cada vez que me desconheço
E caio num poço sem fundo, sem cair.
Pareço uma marionete preso por algumas cordas
Na valsa do vai-e-vem
Beijando o fundo
E o topo
Frenética e constantemente
Não sei quem sou no espelho
Muito menos fora dele
Talvez fosse melhor andar com um no bolso
Só pra tentar olhar nessa minha cara
Por onde passar.

Não sei onde estou agora.
Só sei que estou longe de mim.